Vai um greencard, aí?

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Vai um greencard, aí?

Visto de investidor oferecido por gestora pode transformar sonho de morar nos EUA em realidade

Com dinheiro, há jeito para conseguir quase tudo – até mesmo um visto permanente dos Estados Unidos. E tudo dentro da lei, assegura a gestora norte-americana LCR Capital Partners, que oferece aos brasileiros a oportunidade de obter o greencard. O meio encontrado pela LCR para atender às aspirações dos brasileiros que querem mudar de país é o programa EB-5 – previsto dentro da lei de imigração dos Estados Unidos -, que dá a permissão de residência permanente para aqueles que gerarem, no mínimo, dez empregos no país em determinados setores.

O visto de investidor – concedido por outros diversos países, inclusive o Brasil – serve para fomentar o investimento estrangeiro e manter a economia aquecida. Nos EUA, o investimento pode ser direto, com a abertura de um negócio nas terras do tio Sam, ou indireto, através de aportes de capital em empreendimentos – o que é o caso da LCR.

O primeiro veículo de investimento divulgado pela LCR no Brasil está ligado à rede de lojas Dunking Donuts e tem o objetivo de reunir 24 investidores. Cada um faz um aporte de U$ 500 mil (o valor mínimo exigido para fundos de investimento. Para abertura do próprio negócio, é exigido U$S 1 milhão).  O valor total, US$ 12 milhões, financiará a abertura de 18 novas lojas da franquia na região metropolitana de Nova York. A LCR calcula que o projeto viabilizará, em média, 19 empregos por investidor. O plano de negócios da LCR de expansão da rede – e, consequentemente, a geração de novos postos de trabalho – já foi aprovado pelo governo dos EUA. Assim, ao investidor cabe, além de fazer o aporte financeiro, enviar suas informações, comprovando, por exemplo, que possui fonte de recursos legítimos e não possui antecedentes criminais.

A imigração norte-americana avalia a “ficha” do investidor  e, se aprovada, concede o greencard provisório  – tanto para ele quanto para cônjuge e  filhos de até 21 anos. Este processo tem durado, segundo Patrick Findaro, diretor da LCR para a America Latina, entre 12 e 14 meses.  Depois de dois anos, caso o governo comprove que o projeto da LCR realmente gerou os empregos que prometeu, o visto permanente é encaminhado. “A indústria de franquias é a mais segura, porque é a que gera mais empregos. Como são 18 lojas, o projeto trabalha com uma margem sucesso grande. Se metade dele não for posto em prática, ainda assim existirão empregos suficientes para cobrir a exigência mínima para cada investidor”, completa Findaro. O projeto de investimento é encerrado após cinco anos – tempo de duração mínimo exigido pela lei americana. Pode haver um pequeno retorno financeiro pelos rendimentos dos negócios, mas Findaro enfatiza que o objetivo principal deste tipo de investimento é a obtenção do greencard.

Aposta no Brasil

Sediada em Miami, a LCR abriu um escritório em São Paulo em julho do ano passado e tem feito eventos pelo Brasil para divulgar o programa de investimentos que, no momento, está com oito investidores de diversas nacionalidades – chineses são a maioria. Recentemente Findaro e Rogelio Caceres, CMO e um dos fundadores da LCR, estiveram em Porto Alegre para se encontrar com possíveis interessados. “Geralmente são executivos de alto escalão de multinacionais ou empreendedores. A maioria quer se mudar com a família para que os filhos tenham melhor educação e oportunidades de trabalho, mas também há aqueles que querem expandir os negócios nos Estados Unidos”, descreve Findaro.

A maior preocupação dos executivos da LCR quanto à adesão dos brasileiros ao investimento é a supervalorização do dólar frente ao real experimentada nos últimos meses. O valor mínimo de U$S 500 mil exigido pelos Estados Unidos se mantém desde a criação da lei em 1990, mas, este ano, haverá o primeiro reajuste. A LCR estima que o aporte mínimo necessário passe a U$S 750 mil. Mesmo com um custo mais alto, Caceres aposta que o momento atual no Brasil vai continuar incentivando os brasileiros a buscar melhores condições de vida nos Estados Unidos – o que mantém o potencial do mercado nacional para a LCR. Tanto que a gestora pretende lançar mais outros dois projetos ainda em 2015, em maio e setembro, sendo um deles ligado à rede de fast food Subway. Com isso, acredita ser capaz de viabilizar o visto para 50 investidores brasileiros este ano.

No ano passado, somente 30 brasileiros conseguiram o visto de investidor das pouco mais de 10 mil vagas concedidas globalmente. Os chineses, claro, são responsáveis por mais de 80% deste tipo de visto. E, apesar do reajuste da taxa, não há qualquer indício de que os Estados Unidos queiram limitar ou mesmo eliminar a concessão. O programa é renovado a cada três anos e sua continuidade tem sido uma unanimidade no Congresso norte-americano. “Republicanos e democratas estão de acordo porque gera empregos, atrai pessoas empreendedoras, novos negócios e aumenta a arrecadação de impostos”, explica Caceres.

Fonte: www.amanha.com.br

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